O protagonismo do Brasil na luta contra o racismo

Autor: Thiago Medeiros

Quando se olha a capacidade de um líder enxergar oportunidade para debater pautas o atual presidente sabe ler o contexto. Lula, além tentar ser um dos principais atores quando se trata de sustentabilidade e meio ambiente no mundo, tenta emplacar também como o Brasil como sendo referência na luta antirracista.
 

Quando falei do contexto, temos aí um dos motivos de ele ter gritado alto no episódio de racismo contra Vinícius Jr., na Espanha. Puxar o protagonismo dessa pauta, dessa luta mundial para o Brasil, já que a pauta está quente.

Lula criou um Ministério de Igualdade Racial, e não apenas um enfeito em seu governo, ele levou a ministra  carregou a ministra, Anielle Franco, para os Estados Unidos, Portugal e Espanha, onde ela se reuniu com autoridades locais para conseguir parcerias e criar canais de interlocução para combater o racismo. 

Foi numa dessas agendas nos  Estados Unidos,  que a ministra conseguiu um acordo de cooperação bilateral para a eliminação da discriminação racial e étnica nos países, com reuniões frequentes de trabalho. Criando visibilidade e interlocutor com grandes atores mundiais. 

Lula voltou ao tema no almoço com a diplomacia e políticos de países africanos nesta quinta-feira (25) em Brasília. Disse que o país vai trabalhar para não tolerar o racismo contra brasileiros e contra africanos no Brasil, mais um gol. Puxou para si a defesa em nome de muitos países que não são escudos, e vai aproveitar o lugar de fala do Brasil para expor ao mundo a luta e combate ao racismo.

O Presidente ainda afirmou ainda que vai propor a prorrogação da Década Internacional de Afrodescendentes convocada pelas Nações Unidas, que se encerraria em 2024.

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