E eu sei que o título acima, em tempos de crise do “sistema”, pode soar como elogio, mas não é. O senador revelou uma conversa que travou com o prefeito da cidade de Encanto Atevaldo Nazário. Nela, ele oferece 250 mil na forma de emenda para o município.
O recurso seria utilizado para iniciar a obra do abatedouro público. Styvenson pede que o gestor coloque as contas em dia e retire o nome da prefeitura do Cauc, espécie de Serviço de Proteção ao Crédito dos entes públicos.
O prefeito responde que não tem interesse na emenda e diz o porquê: o recurso não daria nem para a saída e a obra ficaria inacabada porque o poder público municipal não teria como concluir. Solicita ao senador que, ao invés do abatedouro, envie o ônibus que a população necessita.
A imprensa noticiou tudo como se o prefeito fosse culpado. Confesso que li e não consegui encontrar nenhum problema.
Aliás, achei um. O senador jamais deveria ter exposto as trocas de mensagens com o prefeito. Pior, dando a entender que tratava-se de uma situação de corrupção ou de descaso.
É uma quebra de confiança tremenda, além da falta de civilidade que representa expor diálogos privados.
O senador Styvenson acredita que ficou bem com a população. Não duvido que momentaneamente, sim. Só que ninguém da classe política, a partir do fato, confiará mais em trocar qualquer tipo de informação com ele. E a conta chegará para os eleitores dos prefeitos e do capitão.