Devemos aprender com o que acontece hoje na Europa. O continente vive uma nova onda de contágio de covid, que é puxada principalmente por não vacinados.
Os países começam a apertar pela vacinação em duas frentes – cobrança do passaporte de vacina para o ingresso nos mais variados espaços e aplicação compulsória da imunização.
O Brasil tem uma condição ímpar. Apesar do presidente Jair Bolsonaro ter tentado, diga-se de passagem, não há um movimento significativo antivacina no país, ao contrário do que ocorre nos EUA e no velho continente. Porém, não é bom conferir sorte para o azar. É fundamental cobrar o passaporte de vacinação.
O passaporte terá o efeito duplamente pedagógico. Primeiro, incentivará os retardatários e quem não quer se imunizar a empreender o ato. Segundo, criará efeito de proteção discursivo contra possíveis repiques no Brasil amanhã.
Os contrários ao passaporte representam uma grande minoria, apesar do barulho que fazem. Além disso, não podem impor o alastramento da doença a terceiros sob o falso pressuposto da liberdade.