Do G1 – Em meio à alta de preços dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14) que tem “vontade de privatizar a Petrobras”. Ele não deu detalhes de como seria o processo de venda da estatal e disse que discutirá o tema com a equipe econômica.
Bolsonaro deu a declaração em entrevista à rádio Novas de Paz, de Pernambuco.
O presidente repetiu a argumentação dos últimos meses. Ele alega que não tem culpa pela alta do preço dos combustíveis. Além disso, o presidente demonstra irritação quando é cobrado pela disparada dos preços.
O preço final dos combustíveis é composto pelo preço cobrado pela Petrobras nas refinarias (atrelado ao mercado internacional, segundo o governo), mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda.
Na gasolina, há ainda o custo do etanol anidro. No diesel, tem a incidência do biodiesel. As variações de todos esses itens é o que determina o quanto o combustível vai custar nas bombas.
Só que a desvalorização do real perante o dólar encarece os derivados de petróleo para o consumidor brasileiro, já que o produto é negociado no mundo inteiro na moeda norte-americana.
Para Bolsonaro, a ação dele como presidente sobre todos esse fatores é limitada.
“É muito fácil. Aumentou a gasolina? Culpa do Bolsonaro. Eu tenho vontade… Já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Tenho vontade, vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer. O que acontece? Eu não posso… Não é controlar. Eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas, quando aumenta, a culpa é minha. Aumenta o gás de cozinha, e a culpa é minha, apesar de ter zerado o imposto federal, coisa que não acontece por parte de muitos governadores”, disse o presidente.
Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro disse que “não gostaria” de ver a Petrobras privatizada. Na ocasião, declarou que a medida só seria feita “se não houver solução”.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu no mês passado que a Petrobras entre na “fila” das privatizações nos próximos anos.
Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro disse que “não gostaria” de ver a Petrobras privatizada. Na ocasião, declarou que a medida só seria feita “se não houver solução”.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu no mês passado que a Petrobras entre na “fila” das privatizações nos próximos anos.
Atualmente, o ICMS aplicado nos combustíveis tem como referência o preço médio da gasolina, do diesel e do etanol nos 15 dias anteriores em cada estado. Ou seja, a cada 15 dias, a base de cálculo muda – e passa a incluir a oscilação recente no preço.
Bolsonaro disse que não se trata do “projeto ideal”, mas que Lira aprovou “o que foi possível”. O deputado estima que a redução nos preços pode chegar a 7% neste ano.
Bolsonaro tenta há meses responsabilizar os governadores pela alta dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, em razão da cobrança de ICMS, um tributo estadual que incide nesses produtos.
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Composição dos preços do combustível — Foto: Economia G1