Trata-se de um debate extremamente difícil, mas necessário: o fim da estabilidade do servidor público.
Há elementos agravantes. O governo atual não inspira confiança para capitanear a discussão. A sanha anti-intelectual é algo que não pode sair do radar.
Mas há outros pontos de igual relevo:
Primeiro, é preciso separar o interesse das corporações e dos sindicatos daquele que forja o do contribuinte.
Segundo, o fim da estabilidade não pode abrir brecha para perseguições políticas ou algo do gênero.
Terceiro, o foco não deve ser o servidor, mas o desempenho dos serviços públicos. O particular não pode tomar o lugar do que de fato é o universal.
Por fim, cabe lembrar que esse debate não é uma primazia do atual governo. A gestão anterior, do PT, já implementou um modelo com a questão embutida entre os hospitais universitários e com amplo apoio dos setores de esquerda. Não nos esqueçamos.