14 de outubro de 2022

Não caia no diversionismo bolsonarista, o fato é que o TSE não consegue mais controlar os abusos da campanha de Jair Bolsonaro

Autor: Redação

O candidato Jair Bolsonaro mantém o Tribunal Superior Eleitoral nas cordas pra aloprar – uso escancarado da máquina com dinheiro derramado nas ruas, introdução da logomarca de campanha no cartão do auxílio Brasil, utilização da legislação para incentivar o idoso a votar no 22 em primeiro turno. Os exemplos são os mais variados e estão documentados pela imprensa.

A campanha de Bolsonaro tem vídeos retirados todos os dias do ar porque ele aproveita o horário gratuito eleitoral para espalhar mentiras deslavadas. Como a punição é proibir a veiculação depois que o material já foi transmitido e distribuído, compensa infringir a lei. Sem pesadas multas, responsabilização eleitoral e minutos de resposta, Bolsonaro continuará fazendo o que produz até o fim.

Por isso ele insufla eleitores para algazarra no dia das urnas, um modo explícito de tentar aumentar a abstenção de eleitores lulistas, enquanto se vitimiza e culpa Alexandre de Moraes por questões secundárias. Pura dissuasão. Qualquer candidato já estaria com os dias contados se fizesse parte do que estamos assistindo. O TSE não consegue mais controlá-lo.

Estamos diante da eleição mais desigual da redemocratização e a justiça eleitoral não consegue mais garantir condições minimamente justas de disputa. Só que o governo Bolsonaro foi tão ruim que, mesmo bagunçando completamente a eleição, ele perdeu o primeiro turno e ainda segue atrás.