18 de setembro de 2023

A dificuldade já passou e a oposição no RN não aproveitou

Autor: Daniel Menezes

A situação de queda de arrecadação na máquina pública estadual, em parte provocada pelas medidas eleitoreiras de Jair Bolsonaro em 2022, não foi aproveitada pela oposição no RN. Destroçada politicamente diante da derrota do seu mito (sic), a operação ainda se restringe a juntar os cacos do revés. O cenário difícil do começo do segundo mandato enfrentado pelo governo Fátima está sendo superado - a perspectiva é que, com a recomposição paga pelo governo Lula daquilo que fora tirado por Bolsonaro de Estados e Municípios ainda este ano, refis (refinanciamento da dívida ativa), além de recursos extras que virão na forma de obras e pactos com o governo federal, por exemplo, que liberará crédito para a reforma de estradas, a oposição seja mais uma vez sobrepujada em 2026. A oposição já caminha para desmilinguir em 2024.

Quem me acompanha sabe que, ao menos por aqui, prognóstico é coisa séria e não sou dado a fugir do desafio de tentar antecipar resultados. E o fato é que, mais uma vez, a oposição não tem nome competitivo para disputar o pleito de 2026. Os nomes postos - os de sempre - não têm musculatura, nem máquinas políticas capazes de fazer frente ao que se desenha em termos da frente com PT, MDB, PSD, PSDB e outras forças. Rogério Marinho não tem o comando, por exemplo, da codevasf. Álvaro Dias estará sem mandato. Styvenson e Girão? Ora, precisam formar ao menos um grupo primeiro. Styvenson não terá mais a garapa que foi 2018 e Girão não contará com as emendas do orçamento secreto, que ele liderou no RN.

Se não tivermos uma grande crise no Brasil, estamos falando de um jogo em que o governo contará sempre com um lance a mais para avançar. Pelo que se desenha, o pior já passou para a coalizão liderada pelo PT no RN. A perda da arrecadação e a elevação da folha dos professores já dão sinais de superação. O cenário é de permanência. Nesse sentido, o mais provável é que os nomes disputem mais propriamente dentro da base da gestão do que mesmo no combate entre governo e oposição. 

Posso errar? Claro. Mas, sem nenhum falsa modéstia, não é o que comumente vem ocorrendo quando o assunto são as terras de poti. Cabe, ainda assim, aguardar e conferir.

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