18 de setembro de 2023

Vizinho de Aécio Pereira, condenado no STF por atos golpistas, relata ataques homofóbicos por divergência política: 'Bichona'

Autor: Cecília Marinho

Em um dos relatos, vizinho diz que ataques começaram quando Aécio Pereira percebeu que ele era de esquerda. Ao menos 10 boletins de ocorrência foram feitos por moradores do mesmo condomínio.

Aécio Lucio Costa Pereira, o primeiro réu julgado e condenado pelos atos golpistas de 8 de janeiro, tem um histórico de desentendimentos e pelo menos 10 boletins de ocorrência contra eleregistrados pelos vizinhos do condomínio em Diadema, na Grande São Paulo, quando era síndico.

Fantástico deste domingo (17) conversou Vando Estrela, umas dessas vítimas de Aécio, que revela que as questões políticas começaram a intervir na amizade dos dois e resultaram em ataques homofóbicos por parte do condenado por atos golpistas.

 

“A questão foi quando veio o viés político, quando ele percebeu que eu sou de esquerda, aí ele ficou irritado com isso e a gente travou muitas discussões por questões ideológicas. Me chamava de bichona. Ele ofendeu a todas as mulheres que moram nesse condomínio de bruxa velha, de laranja podre”, destaca Vando.
 

Em um vídeo enviado por Aécio, Vando é alvo de ataques homofóbicos.

“Vando bichona, estou trabalhando aqui. Acabei de escrever aqui Wando ‘bixa’, com ‘x’, porque todo comunista é analfabeto”, diz Aécio na gravação.

O Fantástico também conversou com uma professora, que preferiu não mostrar o rosto e que mora um andar acima do apartamento de Aécio. Ela já foi síndica do prédio e registrou boletins de ocorrência contra o sucessor por injúria, calúnia, difamação e perturbação da tranquilidade.

“Ele passava, ele falava: 'Eu vou acabar com você.' Até um ponto que chegou que as pessoas começam, algumas pessoas, começaram a perceber essa manipulação mental que ele fazia, entendeu?", relata a professora.

 

Segundo ela, as agressões não eram apenas verbais: "O morador falou algo e ele foi pra cima. Agressão física mesmo", completa.

No Supremo, Sebastião Coelho, advogado de Aécio, disse que seu cliente não cometeu crime no dia 8 de janeiro. “Houve o impedimento de funcionamento dos Poderes? Qual Poder deixou de funcionar? Não houve um só dia em que os Poderes não funcionaram? Não há nos autos nenhuma prova de que Aécio tenha recebido um centavo de qualquer pessoa.”

Fonte: Fantástico 

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