17 de outubro de 2023

'Crime de guerra selvagem', 'genocídio', 'catástrofe': países condenam bombardeio a hospital em Gaza; veja repercussão

Autor: Redação

Do G1 - O bombardeio a um hospital que deixou ao menos 500 mortos na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17) foi amplamente condenado por governos internacionais.

O Ministério da Saúde de Gaza atribuiu o ataque a Israel. O país, no entanto, acusou a Jihad Islâmica de ser responsável pela ação. A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, que também atua dentro de Gaza, negou ter relação com o bombardeio.

Veja, abaixo, manifestações contra o bombardeio (em ordem alfabética):

 

  • Arábia Saudita – o Ministério das Relações Exteriores do país classificou o ataque como "crime hediondo israelense".
  • Autoridade Nacional Palestina – o presidente da ANL, Mahmoud Abbas, declarou luto oficial de três dias nos territórios palestinos (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia) por conta das mortes no hospital de Gaza bombardeado por Israel. O porta-voz de Abbas chamou o ataque de um "genocídio" e uma "catástrofe humanitária".
  • Canadá – o primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que os relatos vindos de Gaza, após o ataque ao hospital, são devastadores ("é horrível, inaceitável").
  • Catar – o Ministério de Relações Exteriores do país condenou o bombardeio e demonstrou preocupação com o crescimento dos alvos israelenses. "A extensão dos ataques israelenses na Faixa de Gaza incluir hospitais, escolas e outros centros populacionais é um escalonamento perigoso", diz o comunicado oficial.
  • Egito – o governo local definiu o bombardeio como "uma violação perigosa do Direito Internacional Humanitário".
  • Emirados Árabes Unidos – o país emitiu uma condenação dizendo para Israel "para respeitar o direito humanitário".
  • Estados Unidos – o presidente Joe Biden enviou "as mais profundas condolências" às vítimas da "explosão em hospital" de Gaza, informou a Casa Branca.
  • Irã – governo do país classificou o bombardeio como "um crime de guerra selvagem", segundo a agência de notícias estatal iraniana.
  • Reino Unido – o país "irá trabalhar com aliados para descobrir o que aconteceu e proteger os cidadãos de Gaza", disse James Cleverly, ministro das Relações Exteriores.
  • Turquia – o presidente Tayyip Erdogan disse que o ataque ao hospital de Gaza foi "o exemplo mais recente dos ataques desprovidos dos valores humanos mais básicos". Já o ministro turco das Relações Exteriores repudiou o que chamou de "ataque bárbaro".

 

 

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter): "A OMS condena energicamente o bombardeio do Hospital Al Ahli Arab".

 

Atacar hospitais é crime de guerra

 

Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é crime de guerra, segundo o direito humanitário internacional. A proibição de ataque contra hospitais civis faz parte da Convenção de Genebra de 1949.

O artigo 18, Título II da IV convenção determina que cada hospital civil deve receber um documento que o certifique como centro de saúde civil.

Além disso, o local deve ser identificado como tal de forma visível por meio ou da cruz vermelha, ou do crescente vermelho ou do leão ou do sol vermelhos. Em qualquer um dos casos, o fundo deve ser branco. Israel está, desde julho de 1951, entre os Estados parte que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra.

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