25 de outubro de 2023

FBI colabora com PF em investigação sobre joias recebidas por Bolsonaro

Autor: Cecília Marinho

Equipe de investigadores da Polícia Federal irá viajar aos Estados Unidos nos próximos dias, para mapear caminho feito pelos estojos de joias até a venda

 

A Polícia Federal (PF) passou a ter a colaboração do FBI, a PF dos Estados Unidos, na investigação sobre o esquema ilegal de venda de joias e relógios da Arábia Saudita retirados do acervo presidencial durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A informação foi confirmada à CNN por fontes da PF.

A participação do FBI no caso foi autorizada pelo Departamento de Justiça americano, em Washington, que aceitou integralmente o pedido de colaboração policial internacional proposto pela PF.

CNN apurou que uma equipe da PF irá viajar aos Estados Unidos nos próximos dias com o objetivo de mapear o caminho que os estojos de joias percorreram até serem colocados à venda.

Com o acordo de cooperação técnica entre as duas polícias, a investigação poderá:

  • acessar o sigilo bancário de contas;
  • checar informações em joalherias na Florida, Nova York e Pensilvânia;
  • também colher depoimentos de testemunhas e suspeitos em território americano.

De acordo com a investigação da PF, aliados de Bolsonaro, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e o pai dele, Mauro Lourena Cid, teriam negociado a venda das joias e relógios.

A família Cid e também a de Bolsonaro possuem contas bancárias nos Estados Unidos.

Desde que o caso das jóias sauditas veio à tona em março deste ano, alguns itens foram reencontrados, como um conjunto da marca Chopard e um relógio Rolex.

Mas a investigação suspeita que outras peças, ainda não divulgadas, tenham sido comercializadas. Não há conhecimento, por exemplo, do paradeiro de um relógio de luxo da marca Patek Philippe.

A defesa de Bolsonaro alega que não houve venda ilegal de joias e que havia o entendimento de que os presentes seriam itens personalíssimos. Portanto, eles não deveriam ser incorporados pelo acervo público.

 

Fonte: CNN Brasil 

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