25 de outubro de 2023

Pacheco lê pedido e cria CPI para investigar Braskem por afundamento do solo em Maceió

Autor: Cecília Marinho

Requerimento teve o apoio de 45 senadores, mais do que os 27 que seriam necessários

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu, nesta terça-feira (24), o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o afundamento do solo provocado pela mineração realizada pela Braskem que levou à desocupação de cerca de 14 mil imóveis em cinco bairros de Maceió.

Na prática, com a leitura do requerimento na sessão do Senado, a CPI está criada, faltando apenas a publicação do ato no “Diário Oficial da União”.

O requerimento, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), contou com o apoio de 45 senadores, acima das 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI.

A partir de agora, será aberto um prazo para que os líderes partidários indiquem os membros que vão compor o colegiado.

O grupo será composto por 11 membros titulares e sete suplentes, com prazo de 120 dias e um limite de despesas de R$ 120 mil para proceder as investigações.

Afundamento de solo em Maceió

A Braskem S.A., empresa petroquímica controlada pela Novonor S. A., foi responsável, com a extração mineral de sal-gema (minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC), pelo afundamento de cinco bairros em Maceió: Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol.

Os primeiros registros foram identificados em 2018, após fortes chuvas na capital. A mineração criou crateras subterrâneas, que fizeram casas e prédios racharem.

O estado do solo fez com que aproximadamente 55 mil pessoas abandonassem suas residências e seus negócios.

O Serviço Geológico do Brasil, órgão ligado ao governo federal, confirmou que a instabilidade no solo foi resultado da operação feita pela Braskem.

 

Fonte: CNN Brasil 

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