13 de outubro de 2022

Fraude escancarada: como Bolsonaro usou o INSS para forçar idosos a votar no 22

Autor: Redação

A ação de fazer o idoso ir votar no 22 como prova de vida para o INSS é fraude escancarada. Não tem outro nome. Em Fevereiro deste ano, foi baixada uma portaria para que o voto sirva como prova de vida e possibilite que o idoso continue a receber sua aposentadoria. Acima dos 70 anos, o voto é facultativo. A medida fez com que essa faixa da população fosse de forma abundante votar no primeiro turno. O furo foi dado por Maria Cristina Fernandes do Jornal Valor Econômico.

De forma paralela, a campanha de Jair Bolsonaro disparou mensagens e vídeos destinados a essa camada da população, para que eles associassem a comprovação ao ato de escolher o 22. O material só foi retirado do ar após a campanha de Simone Tebet perceber a jogada e entrar na justiça. Ainda assim, o conteúdo só foi extraído das redes no dia 06 de Outubro após o primeiro turno.

Abstenção aumentou entre 18 e 44 anos. Começou a diminuir à partir de 45 anos, diminuindo 5% entre 70 e 74 anos

O primeiro turno teve queda histórica da abstenção entre esses eleitores que, conforme as pesquisas, são em sua maioria bolsonaristas. E os que não são podem ter sido ludibriados pelas mensagens que receberam. É possível, inclusive, que esse movimento tenha atrapalhado a aferição das pesquisas. Aquela imensa quantidade atípica de idosos nas filas de votação do dia 02 de Outubro não era gratuita ou a consagração de um neocivismo da terceira idade.

Os especialistas são unânimes em afirmar – nunca tivemos uma campanha tão atravessada de crimes, uso do orçamento e da máquina como a de Jair Bolsonaro em 2022. Em condições normais, ele perderá os direitos políticos pelo que fez em 2022. Acuado pelos ataques em que se vitimiza para continuar a empreender o que faz, terá força o TSE para tanto?