A FEMURN será desideologizada?

Autor: Redação

Sob a gestão bolsonarista, a federação dos municípios do RN andou para trás e mirou na administração das emendas do relator chamadas (legitimamente) de orçamento secreto. O discurso do municipalismo, base histórica da instituição, foi substituído por uma obediência cega aos ditames da extrema direita, deixando de lado inclusive o interesse das prefeituras.

O presidente da instituição,  Anteomar Pereira da Silva (Babá), chegou a em entrevistas apoiar, por exemplo, o corte no ICMS, contrariando o que defendia a confederação nacional dos municípios. A CNM era contrária ao projeto pelo pragmatismo mais óbvio e elementar – as prefeituras perderiam recursos com a ação, já que parte dos impostos vai para elas.

Pois bem, apenas em outubro de 2022, conforme a própria FEMURN, as prefeituras do RN perderam 44 milhões em orçamento. Este dinheiro poderia ir para saúde, educação ou obras. Mas foi usado para tentar turbinar a reeleição presidencial, diminuindo de forma artificial o valor da gasolina, mantendo assim o lucro recorde de acionistas da petrobras.

Com a mudança presidencial e a perda de poder dos que jorraram recursos do orçamento secreto para as terras de poti, a expectativa é a de que a FEMURN saia do modo defesa da extrema direita e volte a primar pelos interesses dos municípios. Para o bem dos próprios munícipes.