30 de novembro de 2022

A nova onda de covid é carreada pelos não vacinados e desmantelo do plano de imunização no Brasil

Autor: Redação

O Brasil vive uma nova onda de Covid-19. Os hospitais do Rio Grande do Norte estão lotados. A média de casos diários é de 700 aqui no RN, uma elevação de 600% nas últimas semanas.

As características da nova onda, ao menos por alguns aspectos, são as mesmas. Metade da população não tomou a dose de reforço. Entre as crianças, outra metade sequer se vacinou. São esses grupos que mais espalham o vírus – se encontrar imunizado diminui a capacidade de transmissão do contaminado – e ocupam vagas em hospitais. No Rio de Janeiro, 90% dos internados são de crianças e pessoas não vacinadas ou sem as doses de reforço.

O governo federal, ao promover a hesitação na população, conseguiu desmantelar o mundialmente conhecido programa nacional de imunização. Não só na covid, mas em todas as outras frentes em que o imunizante cerceia ou minimiza os efeitos da propagação de doenças.

O governo federal também não comprou antecipadamente vacinas para crianças e a chamada bivalente, que já cobre de forma mais abrangente as novas variantes do vírus. As tradicionais ainda têm efeito sobre hospitalizações e mortes, mas as bivalentes seriam mais eficazes pelo menor escape na proteção por exemplo entre os imunossuprimidos. O ministro da saúde disse que elas vão chegar em meados de dezembro e as destinadas para crianças só agora começaram a ser distribuídas.

Seria urgente fazer uma ampla campanha de vacinação. Só que o governo federal gastou todo o orçamento de 2022 na campanha e não tem recursos. Em resumo, mais pessoas irão morrer e outras tantas ficarão com sequelas.