31 de janeiro de 2023

Candidatura de Rogério Marinho é uma reação contra tentativa do Estado de acabar com o golpismo no Brasil

Autor: Redação

O senador eleito pelo RN, Rogério Marinho, foi o entrevistado da globo news ontem (30) na condição de candidato à presidência do senado. Lá pelas tantas, ele alega que deseja trabalhar para acabar com a censura prévia no Brasil. A jornalista Andreia Sadi o contradita e enfatiza que não existe tal condição em vigor no país. Os parlamentares que sofrem processo, lembra ela, assim se encontram porque insuflaram atos golpistas contra a democracia. Sadi demarcou posição em favor da verdade, mas não é apenas isto que está em questão. Rogério se apresenta como o candidato da reação contra a atuação de setores do Estado em favor da democracia.

Tem sido o discurso insofismável de Rogério Marinho, inclusive no uso das redes sociais. Assim como no bolsonarismo, ideologia com a qual o senador se abraçou desde o início, ele utiliza o twitter para poluir a discussão. Mas dois pontos são fundamentais em sua incursão – defender o vale tudo institucional, até agir contra elas, e cercear a atuação do judiciário contra crimes em curso que buscam atacar a vontade das urnas. É nesse estado de tensão que o potiguar estabelece sua postulação.

Dizer que Rogério Marinho mente ao falar sobre censura prévia ou quando aponta um inexistente desequilíbrio de poderes não o deixa de bochecha vermelha. Pelo contrário. O senador viu o vácuo e quer ser um dos líderes da oposição no congresso, grupo hoje lastreado pelo extremismo de direita. Em tal aspecto, o pleito dele já se estabeleceu. Ganhando ou perdendo, ele já levou. Será uma das vozes do radicalismo bolsonarista pelos próximos anos.