1 de abril de 2023

A ivermectina e os livros de Álvaro Dias

Autor: Redação

O prefeito Álvaro Dias quer ser imortal. Ele tenta ocupar uma vaga na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Sem nenhuma relação com a agenda cultural, de repente surpreendeu e lançou dois livros nos últimos dois anos. Políticos sonham em deixar seus nomes talhados na história e é explícito que Álvaro quer ser lembrado também como um homem das letras.

Prefeito, a história é implacável e no quesito cultura e conhecimento o senhor colocou todas as suas digitais na crônica natalense na maior crise de saúde dos últimos 100 anos, se aproveitando do medo da população para se reeleger a partir da distribuição de remédio para piolho contra um vírus mortal. A ação populista catapultou a cidade a índices de contágio e mortes acima da média estadual e nacional.

Daí que segue o vaticínio. O senhor não será lembrado pelos livros, mas pela icônica frase dita desavergonhadamente no principal programa televisivo do RN: se funciona in vitro, funciona in vivo. Ou pela afirmação espalhada em rádios locais: para se proteger, basta tomar regularmente X comprimidos de ivermectina a cada 30kgs de peso corporal.

O senhor pode até tentar reverter, mas é uma batalha perdida.