23 de abril de 2023

Medo do espelho: o temor de Álvaro Dias é que façam com ele o que ele impôs a Carlos Eduardo em 2022

Autor: Redação

Algo ficou claro na rusga entre Álvaro Dias e Paulinho Freire. O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Natal começou a semana pedindo o apoio de Dias e terminou sem os cargos indicados que tinha na prefeitura. O prefeito de Natal não admitiu a fala de Freire, que disse ao Foro de Moscow que sua candidatura estava fechada.

O prefeito de Natal pretende deixar a prefeitura em 2024 nas mãos de alguém venha a apoiá-lo depois em 2026 para o governo ou senado. E é aí que ele sinaliza que só aceita alguém completamente subserviente. Afinal, o que ele fez com Carlos Eduardo em Natal em 2022, agindo para derrotá-lo na disputa para o senado e apoiando Rogério Marinho, pode acontecer com ele amanhã.

Álvaro Dias não tomou conhecimento que, até ser indicado por Carlos Eduardo a vice-prefeito, ele lutava para conseguir se eleger deputado estadual. A abertura de portas de CE em Natal trouxe o caicoense para a capital do RN, que herdou o posto após o então prefeito sair para disputar o governo do RN em 2018. Álvaro Dias entende do que é deixar alguém que lhe deu apoio na mão e fará de tudo para eleger um poste em Natal em 2024, que de preferência nem luz dê. Será tática típica da política mais atrasada de interior.

Ele cita Eriko Jácome como um bom nome apenas para tentar enfraquecer Paulinho Freire junto aos vereadores de Natal. Freire alega ter o apoio de 22 dos 29 vereadores, mas hoje Jácome é o presidente da câmara e pode virar um aliado de Dias no processo já iniciado de desidratação de Paulinho. Ele ainda menciona Rafael Motta como outra possibilidade em Natal para tentar plantar uma antipatia entre o ex-deputado com a pré-candidata a prefeita de Natal Natália Bonavides (PT). Mas o fato é que ele tentará controlar a sucessão para não sofrer amanhã o que impôs a aliados num passado não muito distante.

Fica só um questionamento – Dias não tem apoio da bancada governista federal do RN, faz oposição ferrenha ao PT e é colado em Rogério Marinho, líder da extrema direita no senado. Perdendo mais um deputado federal, quem fará sua ligação com a união para conseguir recursos e, com isso, finalizar as obras que tanto prometeu? Sem obras, tchau 2024 para o grupo dele. É a ponta solta dessa história.