27 de abril de 2023

Governo rejeita proposta para salários de executivos da Petrobras

Autor: Redação

Como noticiado antecipadamente pelo Portal, o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não propôs e foi contra o aumento salarial aprovado por administradores da companhia, que não vão permanecer mais no cargo. Na tarde desta quinta-feira, a proposta foi rejeitada pela União. Confira na matéria.

Jean Paul Prates foi contra destinar R$ 55 milhões para remuneração da administração da companhia

Durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras nesta quinta (27/4), a União rejeitou a proposta do conselho de administração de remuneração aos administradores da companhia, de R$ 54,62 milhões. Foi aprovado um pagamento menor aos gestores, de R$ 44,98 milhões.

De acordo com o representante da União, o procurador da Fazenda Nacional Ivo Timbó, a proposta de pagamento aprovada é do Ministério da Fazenda.

O valor será pago aos administradores, incluindo os membros da diretoria executiva, conselho de administração, conselho fiscal e dos comitês estatutários de assessoramento aos conselhos, referente ao período de abril de 2023 a março de 2024.

Foi um dos temas tratados na reunião que elegeu o novo CA da Petrobras, com seis novos nomes indicados pelo governo federal.

Jean Paul Prates foi contra proposta de R$ 55 mi

Antes da AGO, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, divulgou nota em que negava ter votado a favor do aumento do próprio salário.

“Apenas a título de esclarecimento, de novo, e corroborando nota explicativa já emitida pela Petrobras oficialmente, informo que não é verdadeira a afirmação de que, como presidente da empresa, propus e aumentei o meu próprio salário”, disse Prates, em nota.

Segundo ele, os membros do conselho que foram reeleitos na assembleia haviam optado por se abster de opinião sobre o tema quando houve a elaboração da proposta de remuneração no colegiado. Além de CEO, Prates também é membro do conselho, conforme determina o estatuto da companhia.

“A indicação de correção dos salários não tem nenhuma motivação individual e sequer atende a pleitos exclusivos da nova gestão, já que se trata de um tema que deve ser obrigatoriamente analisado pelas estatais para subsidiar decisão da AGO quanto ao montante que será destinado à remuneração de seus administradores no próximo ano”, afirmou o executivo.

O executivo ressaltou, no entanto, que não viu motivação individual na indicação de correção dos salários dos gestores da empresa.

“Os conselheiros que votaram favoravelmente tiveram como base a percepção de oportunidade de melhoria dos valores de remuneração, atualmente praticados à luz de referências de empresas com as mesmas características”, disse Prates na nota.

Fonte: EPBR