Radicalismo ideológico do Agro joga contra os próprios interesses econômicos

Autor: Redação

A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), resolveu desconvidar o ministro da agricultura Carlos Favaro do governo federal para chamar Jair Bolsonaro. Com a perda da institucionalidade do evento, o Banco do Brasil resolveu retirar o patrocínio da feira.

A situação é sintomática para quem resume tudo ao voto econômico (também cometo essa falha, às vezes). O Agropop preferiu contratar uma crise com o governo, no momento que receberia o anúncio de um plano safra recorde, do que manter Bolsonaro, alguém prestes a perder os direitos políticos, distante.

Tem mais. Há um debate legítimo no país sobre corte de subsídios. Fernando Haddad, ministro da fazenda, tenta aumentar a arrecadação por tal caminho. O Agro ficou de fora desse debate e deveria aproveitar o cenário, mas o reacionarismo falou mais alto. E se seus representantes preferiram transformar o evento em palanque da oposição, não há razão para receber patrocínio do governo.