Diferentemente de 2020, eleições de 2024 se avizinham com prefeitos mal avaliados

Autor: Daniel Menezes

O contexto eleitoral de 2024 apresenta indicativos de que será distinto do que se desenvolveu em 2020. Se antes os prefeitos foram para a disputa bem avaliados, a seta sinaliza agora vento forte contrário.

Em 2020, a taxa de reeleição foi elevada e prefeitos conseguiram fazer sucessores. Agora pipocam pesquisas na imprensa e outras tantas circulam nos bastidores, mostrando que a situação dos gestores municipais é difícil. 

Em ano de pandemia, o caixa estava cheio pela regra de reposição das perdas de arrecadação e verbas de combate à covid, a partir de um ordenamento estabelecide pelo congresso bom para os prefeitos e bem ruim para os governadores. A conta da pandemia ficou, em sua maioria, para os executivos estaduais dotados de sistema de saúde. Só que prefeituras, às vezes sem qualquer leito e possibilidades concretas de gasto com coronavírus, também tiveram acesso a recursos. Consequência: governadores mal avaliados e prefeitos voando em céu de brigadeiro do ponto de vista político.

O cenário é distinto. Há queda de arrecadação pela diminuição da inflação e por cortes de impostos (combustíveis, telecomunicações etc). As obrigações, no entanto, só aumentam. Se continuar assim, 2024 será de mudança significativa nas cidades do país.

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