10 de junho de 2023

CNJ aperta o cerco aos crimes da Lava Jato

Autor: Thiago Medeiros

O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, solicitou ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento das provas obtidas na ‘vaza jato’ – as mensagens hackeadas entre procuradores. O objetivo é utilizar esse material na inspeção que a Corregedoria está realizando na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

A corregoria é um órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instância responsável, segundo a Constituição brasileira, por apurar erros, abusos e crimes do próprio judiciário.

Essas provas incluem as mensagens trocadas entre os procuradores da operação “lava jato” e o então juiz federal Sergio Moro, atualmente senador. Segundo a publicação, Salomão também solicitou acesso a uma reclamação relacionada ao advogado Tacla Duran.

Na próxima sexta-feira (16/6), o próprio corregedor nacional irá a Curitiba pessoalmente para colher depoimentos. Toda a documentação obtida será utilizada na correição que f

No mês de março, durante seu depoimento ao juiz Eduardo Appio (afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba), Tacla Duran afirmou ter sido vítima de um suposto esquema de extorsão envolvendo Moro e mencionou o ex-procurador Deltan Dallagnol.

Em abril, uma decisão do desembargador Marcelo Malucelli restabeleceu uma ordem de prisão preventiva contra Tacla Duran, porém essa medida foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. É importante destacar que o desembargador é pai do advogado João Eduardo Malucelli, que faz parte do escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, do casal Sergio e Rosangela Moro. Posteriormente, o desembargador se afastou de ações relacionadas a Tacla Duran.

Marcelo Malucelli integra a 8ª Turma do TRF-4, que está sendo inspecionada. Além dele, a Turma é composta por Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e Loraci Flores de Lima.

Conforme relatado por Bela Megale, na semana passada, os envolvidos na correição estiveram na 13ª Vara Federal de Curitiba e no TRF-4, em Porto Alegre. Eles ouviram três desembargadores e também tiveram acesso a sistemas e movimentações relacionadas às fases dos processos.

iscaliza a 13ª Vara Federal e o TRF-4.

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