13 de junho de 2023

Ação de Bolsonaro caiu na “vala comum” do TSE, diz Moraes

Autor: Daniel Menezes

Do Poder 360 - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu na “vala comum” de processos da Corte Eleitoral.

Moraes pautou a análise para 22 de junho depois que o relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, liberou o caso para julgamento. Durante evento realizado pela revista piauí em parceria com o YouTube nesta 3ª feira (16.jun.2023), o presidente do TSE negou qualquer intenção política com a ação.

“Eu, na verdade, pauto todos os meus casos. Pautei a partir do dia 22 porque o ministro Benedito [Gonçalves] liberou no dia 1º de junho”, disse.

A Corte Eleitoral investiga o ex-presidente em uma ação apresentada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) a respeito de uma reunião realizada com embaixadores, enquanto Bolsonaro ainda comandava o Planalto, em que questionou o resultado do sistema eleitoral.

No evento, em julho de 2022, Bolsonaro também criticou as urnas eletrônicas e ministros de tribunais superiores. As Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) são ações apresentadas durante o processo eleitoral cuja finalidade é apurar condutas que afetam a igualdade entre candidatos em uma disputa eleitoral.

8 de Janeiro

Durante o evento, Moraes também afirmou que o STF (Supremo Tribunal Federal) deve finalizar em até 6 meses o julgamento de casos mais graves de envolvidos nos atos extremistas do 8 de Janeiro. Ele afirmou que a PGR (Procuradoria Geral da República) está apresentando as denúncias por blocos, o que poderá viabilizar a rapidez na tramitação desses processos.

“Pelo menos aproximadamente 250 [casos], que são os crimes mais graves e estão presos, esses em 6 meses com certeza o Supremo vai encerrar”, declarou.

“Quem estava lá participou. Não preciso dizer que fulano quebrou a cadeira A ou riscou o quadro B. Estar lá já é crime. Mas se comprovar a partir das imagens que nada fez, alguns crimes caem”, completou.

O STF já aceitou 1.246 das 1.390 denúncias apresentadas pela PGR contra os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.

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