13 de junho de 2023

Pesquisa revela que eleitores de Direita podem seguir outros nomes

Autor: Thiago Medeiros

A pesquisa “Para onde vai a direita?”, encomendada pela Zeitgeist Public Affairs, braço do Instituto Locomotiva e do Ideia Instituto de Pesquisa, que ouviu 1.531 eleitores em todo o país, por telefone, entre os dias 30 e 31 de maio. 

Com a aproximação do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da ação contra Bolsonaro que pode torná-lo inelegível na próxima eleição, marcado para 5ª feira (22.jun), o estudo também mostra que os eleitores que votaram no ex-presidente em 2022 estão abertos a novas possibilidades de liderança na direita. 

Mais da metade deles (54%), se considerados os 58 milhões de votos em Bolsonaro em 2022, se dizem receptivos a outros nomes, mesmo que não estejam alinhados ao ex-presidente. Para os realizadores do levantamento, esses são os eleitores que se identificam mais com o antipetismo e votaram em Bolsonaro por falta de opção. Neste caso são eleitores que não aderiram ao radicalismo da extrema direita.

Já 28% dizem que só apoiam outros líderes da direita que estejam alinhados com Bolsonaro. Outros 18%, identificados pela pesquisa como mais “radicais”, acreditam que apenas Bolsonaro tem força para representar o campo político da direita no Brasil.

É nessa esteira que Tarcísio aparece como uma boa opção para os que votaram em Bolsonaro no último pleito. O governador de SP, contudo, não é o único. 

Apesar de não serem vistos como potenciais presidentes, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também foram citados durante a pesquisa.

A pesquisa revela que a direita continua viva no Brasil, porém pode escolher uma posição menos radical para as próximas eleições. Porém os temas que continuam a movimentar e engajar mais esse espectro de eleitores continua sendo as pautas ideológicas disseminadas por bolsonaristas nas rede sociais, ou seja, a extrema direita engaja mais.

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