Não importa se foi sorte

Autor: Daniel Menezes

Em menos de seis meses de governo, as projeções pessimistas - e interessadas - a respeito do governo Lula foram desfeitas. Hoje, a perspectiva de crescimento é maior do que a inicialmente projetada, o dólar está no patamar de 4,80 e a inflação segue em queda, abrindo espaço para melhoria na taxa de juros básicos da economia.

Os economistas que não acertam, mas com amplo espaço na imprensa, alegam que há um dado de sorte ao governo Lula. Segundo eles, que previram a catástrofe e não a "sorte", o cenário nacional e internacional mudou em favor do atual presidente.

Já os bolsonaristas falam que Lula surfa nos indicadores deixados por Jair Bolsonaro. É bizarro ouvir tal afirmação, já que os mesmos diziam que em seis meses o Brasil viraria uma Venezuela. Além disso, eles não mencionam que, apenas de dívida de precatórios não pagos em 2022 para usar o dinheiro em programas eleitoreiros, Bolsonaro deixou um rombo de 140 bilhões de reais.

O fato é que Lula restitui um governo normal capaz de fechar acordos comerciais com o mundo e, com a tranquilidade instalada, sem ter um presidente a armar confusão diariamente, fazer a economia voltar a andar sem atropelos.

No final das contas, pouco importa se há sorte ou não, pois o eleitor, vendo os bons ventos da economia, irá premiar reelegendo o governo em questão. Este dado objetivamente é o que importa.

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