23 de junho de 2023
A vez do segundo semestre e o fetiche do Centrão
Autor: Thiago MedeirosSabemos que Lula garantiu a aliados que não fará nenhuma mudança em seu Ministério, além do Turismo, neste primeiro semestre. O problema talvez é a partir de julho é segundo semestre e que o presidente terá de considerar o tamanho dos blocos na futura reforma ministerial. O jogo tá sendo bruto demais! Mas ao contrário de Bolsonaro que não queria governar, o centrão agora encontra um presidente de verdade.
No chamado blocão, que tem 174 deputados, há o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e o PDT, ideologicamente mais alinhado ao governo, mas também o PSDB/Cidadania, Patriota, Avante, Solidariedade e o PP.
Lula tem sido aconselhado a incluir o PP, um dos principais partidos do bloco, na futura reforma. Gente da articulação acha que a legenda, embora não feche inteira com o governo, está aberta a votar alinhada no que não for fortemente ideológico. Aqui no Rio Grande do Norte, João Maia lança um olho no partido, que hoje tem a dominância de Beto Rosado.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer o Ministério da Saúde, mas Lula repudia e já mandou avisar que o MS não está na mesa de negociação. Apesar das sugestões de Lira, diz um aliado, ele e os seus se contentarão com cargos no segundo escalão da pasta, mas mesmo assim o governo vê resistência, pois a pasta é estratégica e detém um orçamento robusto.
O presidente prometeu se dedicar melhor ao tema no seu retorno ao Brasil. Segundo seus auxiliares, Lula está aberto à ideia de que precisa remodelar o governo a partir dos agrupamentos realizados no Congresso após sua posse. Mas sabe que precisa proteger algumas fortalezas que são fundamentais apra manter seu governo na conquista da opinião pública.
O centrão percebeu que após as últimas pesquisas, o Governo Lula, começa a ganhar força com melhora da percepção da economia, e ai precisam acelerar a pressão para evitar que o governo ganhe mais corpo.
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