25 de junho de 2023

Sentindo o fungado da justiça, Bolsonaro volta a querer andar

Autor: Thiago Medeiros

Valdemar Costa Neto vai conseguir o que sonhava ao dar a Jair Bolsonaro a presidência de honra do PL. Os dois estarão em São Paulo nesta segunda (26) para tratar de eleições municipais. Era o que o dono do partido queria, desde o início.

Bolsonaro encontrará com os deputados da legenda para pedir que reforcem em suas bases eleitorais a sedução a prefeitos, principalmente os tucanos. Valdemar não quer que o Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, nem o PSD, de Gilberto Kassab, capitalizem sozinhos o esvaziamento do PSDB no estado.

Valdemar quer lançar cabeça de chapa no maior número possível de cidades, quer aproveitar a popularidade do ex-presidente no interior para capitalizar para o PL. O argumento para atrair novos filiados, além de Bolsonaro, é dinheiro. O partido está rico, com a maior bancada eleita no Congresso.

Bolsonaro sentiu que se não sair agora para buscar consolidar fiés em posições estratégicas, correrá o risco de após condenações vê seu poder atacado e diminuido. O capital de Bolsonaro ainda é grande, e nada vai diminuir do dia para noite, mas a família bolsonaro vive do Estado, precisa de poder para aumentar ou mantes seus tentáculos no poder. 

Valdemar ganha um cabo eleitoral, e claro que também reforça seu projeto de partido. Se bolsonaro cair, ele mira continuar a ser o partido mais rico da República.

O dinheiro é a grande moeda nesse jogo, o partido tenta coopetar lideranças municipais com esse discurso. No Rio Grande do Norte, prefeitos sondados peelo futuro PL de Rogério Marinho falam que o discurso não é tanto Bolsonaro como convencimento, mas sim o dinheiro do fundo partidário e eleitoral. Todos sabemos que bolsonarizar o partido é balela, o que se quer é montar uma rede financiada pela pilha de dinheiro do PL para projetos pessoais de poder.

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