6 de julho de 2023

Em reunião do PL, Bolsonaro chora com apoio de Michelle

Autor: Cecília Marinho

Durante homenagem a Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que não vê “nenhuma maldade” no marido, nem “nenhum projeto de poder”. A afirmação foi feita em evento na sede do Partido Liberal, em Brasília, nesta quinta-feira (6/7). Diante das palavras, o ex-presidente se emocionou.

“Quem te conheceu, há 28 anos, sabe que você continua a mesma pessoa. Eu, que já comi meio quilo de sal com você em quase 16 anos (que) te conheço, sei que você não tem nenhuma maldade, não tem nenhum projeto de poder. Sei que você se entregou para um propósito, uma missão”, disse Michelle na homenagem.

A ex-primeira-dama reforçou que os dois viram juntos a vida se tornar uma vitrine e, assim, mudar “da água pro vinho”. “Nós sofremos (no passado) e ainda sofremos. Mas estou com você, para o que der e o que vier”, disse.

Sucessora de Bolsonaro

A cena de Michelle Bolsonaro consolando o marido ganha força quando aliados e opositores do ex-presidente estão atentos aos sucessores da política bolsonarista, diante da inelegibilidade do líder declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre nomes como Romeu Zema (Novo) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle desponta como possível aposta de Bolsonaro para permanecer influente no cenário político.

A ex-primeira-dama teve um papel importante na campanha do marido em 2022. Após resistências, ela entrou de cabeça no plano de reeleger o então presidente, o que despertou interesse do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para que ela se candidatasse à Presidência eventualmente.

Atualmente, Michelle é presidente do PL Mulher, uma ala da sigla voltada ao pública feminino. A ideia é que, neste período, a ex-primeira-dama conquiste novos filiados e trabalhe sua figura enquanto política. Desde a campanha, Michelle Bolsonaro é vista como alguém capaz de atrair e fidelizar os eleitorados feminino e evangélico.

Reunião após inelegibilidade

Deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidentes regionais do Partido Liberal (PL) se reuniram, nesta quinta-feira (6/7), em Brasília, para debater prioridades da sigla e “reafirmar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

A legenda pretende manter a meta de conquistar mais de mil prefeituras no próximo pleito municipal. Em 2020, a sigla elegeu 345 prefeitos.

“A reunião é também para reiterar a importância do papel dos dirigentes para o crescimento do PL, além de unir mais apoio e discutir a atuação da legenda para fortalecer as prioridades e seguir trabalhando pelos interesses do Brasil”, informou a legenda, em nota.

Reforma tributária

Os integrantes da reunião também aproveitaram o espaço para discutir o andamento da reforma tributária. Durante o encontro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tentou expor sua posição favorável à medida, mas foi interrompido diversas vezes por membros do PL contrários à proposta.

Anteriormente, Tarcísio havia se posicionando contrário às reconfigurações na cobrança de imposto propostas pela equipe de Lula (PT), mas, em encontro com Fernando Haddad (PT) na quarta (5/7), o governador disse concordar 95% com a reforma.

Costa Neto precisou usou o microfone para garantir que Tarcísio concluísse a fala. Ao fim do discurso, o presidente da legenda puxou uma salva de palmas ao governador.

Bolsonaro, por sua vez, disse que também tinha ficado “chateado” com o governador, depois de defender que Tarcísio “com todo o respeito, não tem experiência política”.

Fonte: Metrópoles

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