11 de julho de 2023

Após silêncio de Cid em CPI, Arthur Maia diz que avaliará 'medidas cabíveis' contra ex-assessor de Bolsonaro

Autor: Cecília Marinho

O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou nesta terça-feira (11) que estuda as "medidas cabíveis" contra o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Arthur Maia deu a declaração após Mauro Cid ter se negado a responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares durante a sessão desta terça-feira.

No início da sessão, Cid informou que ficaria em silêncio no depoimento. Usou como base a decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o autorizou a ficar calado quando fosse perguntando sobre assuntos que pudessem incriminá-lo.

Cid, contudo, se negou a responder a todas as perguntas. Em um desses questionamentos, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) indagou ao militar qual a idade dele, e Mauro Cid disse que ficaria em silêncio. Diante disso, Arthur Maia declarou:

"Chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumpra uma ordem do Supremo Tribunal Federal."

"Isso acarretará na necessidade de nós [...] apresentarmos uma denúncia contra o senhor Cid ao Supremo Tribunal Federal, haja vista que a ministra do Supremo determinou que, aquilo que não o incriminasse, ele tinha obrigação de responder, uma vez que ele não está aqui só como depoente, mas como testemunha. É o procedimento que ele está adotando e, obviamente, cabe à CPI adotar as medidas cabíveis", acrescentou o presidente da CPI.

Na abertura da sessão, Arthur Maia já havia dito a Cid que, embora tivesse obtido a decisão do Supremo, estaria obrigado a responder às perguntas que não fossem relacionadas às investigações sobre ele.

Fonte: G1

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