24 de agosto de 2023

Mauro Cid depõe fardado e decide ficar em silêncio na CPI da Câmara do DF

Autor: Cecília Marinho

O ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid compareceu fardado, nesta quinta-feira (24), à CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF), e decidiu permanecer em silêncio diante dos questionamentos dos deputados distritais.

A sessão que recebe Cid acontece ao mesmo tempo em que, no Congresso, os parlamentares da CPMI do 8 de Janeiro ouvem outro ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o sargento Luis Marcos dos Reis.

A convocação de Mauro Cid à Câmara do DF tinha como objetivo a prestação de esclarecimentos sobre os atos criminosos de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes e os tumultos e tentativa de invasão à sede da PF em Brasília, em 12 de dezembro.

 

Após uma declaração inicial de cerca de quatro minutos na qual descreveu as funções da ajudância de ordens, Cid comunicou que exerceria seu direito de permanecer em silêncio.

 

Em sua breve fala, Cid afirmou que a ajudância é uma função “exclusivamente de natureza militar”. Ele listou as atribuições do cargo, incluindo “receber as correspondências e objetos entregues ao presidente da República em cerimônias e viagens e encaminhar aos setores competentes”. Cid é um dos investigados pela Polícia Federal (PF) no caso das joias. 

 

“Em respeito ao Congresso Nacional e seguindo na mesma linha adotada naquela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e sem qualquer intenção de desrespeitar a Vossa Excelência e os trabalhos conduzidos pela CPI, considerando a minha inequívoca condição de investigado e por orientação da minha defesa técnica, farei uso em toda a comissão do meu direito constitucional ao silêncio”, concluiu o tenente-coronel.

 

Mauro Cid, assim como fez em 11 de julho na CPMI do 8 de janeiro, compareceu à sessão trajado com sua farda militar.

Fonte: CNN Brasil

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