25 de agosto de 2023

Presidente da Federação Espanhola não renuncia e fala em “beijo consentido” e “falso feminismo”

Autor: Cecília Marinho

O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, disse nesta sexta-feira (25) em assembleia extraordinária da entidade que não pedirá demissão pelo beijo forçado na jogadora Jennifer Hermoso, campeã do mundo com a Espanha.

Rubiales, que vem sofrendo pressão de diversos setores para deixar o cargo, afirmou ser vítima de um linchamento público e que o beijo na meio-campista, durante a cerimônia de premiação do Mundial, foi consentido.

“O falso feminismo é um grande flagelo deste país. Isso é um assassinato social”, disse o presidente da federação. “Vocês acreditam que é preciso fazer essa caça às bruxas? Eu não vou renunciar, não vou renunciar.”

“Sobre o beijo. É mais um selinho do que um beijo. O desejo nesse beijo é o mesmo que [eu teria] com uma de minhas filhas. Não há desejo ou domínio, [ao contrário do] que estão vendendo os veículos do senhor Tebas (presidente de LALIGA) e o feminismo. O beijo foi espontâneo, mútuo e consentido”, prosseguiu Rubiales.

As falas do presidente foram aplaudidas pelos técnicos das seleções espanholas feminina e masculina, Jorge Vilda e Luis de la Fuente.

Na quinta (25), Jennifer Hermoso, vítima do beijo de Rubiales durante as celebrações da final da Copa do Mundo, emitiu um comunicado por meio do sindicato de jogadores profissionais no qual condena a atitude do dirigente.

“O sindicato está trabalhando para que atos como os que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotadas as medidas pertinentes para proteger os jogadores de futebol de ações que consideramos inaceitáveis”.

Depois do “fico” de Rubiales, o atacante Borja Iglesias anunciou que nao jogará pela seleção “até que as coisas mudem e este tipo de ato não fique impune”.

Os jornais esportivos da Espanha amanheceram nesta sexta-feira com a notícia de que Luis Rubiales pediria demissão do cargo. O dirigente não só anunciou sua permanência como aproveitou para discursar contra Javier Tebas, presidente de LALIGA, a imprensa espanhola de maneira geral e figuras do poder público que têm pressionado pela saída do presidente da federação.

Fonte: CNN Brasil 

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