3 de setembro de 2023

O bom horizonte da economia brasileira

Autor: Thiago Medeiros

O PIB Brasileiro 🇧🇷 cresceu 0,9% em relação ao 1º trimestre. O Setor de serviços mais uma vez puxou a economia, com crescimento de 0,6%, o mesmo do trimestre passado, o que revela um fator positivo. A indústria cresceu 0,9%, o que representou um boa surpresa, e a agropecuária caiu 0,9%, mas após um crescimento expressivo do 1º trimestre.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,9%, puxado por incentivos fiscais, bolsa família e inflação mais baixa, apesar do crédito caro. Investimento cresceu 0,1% após uma queda expressiva no 1º trimestre (-3,4%) e ainda se mantém num patamar baixo em relação ao PIB (17,2%). Consumo do Governo continuou em alta, com crescimento de 0,7%.

No 1º semestre, o PIB agora acumula crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O segundo trimestre desacelerou em relação ao primeiro, mas a expectativa é de um segundo semestre mais aquecido, com redução da SELIC que impacta os juros e pelo aquecimento sazonal das vendas de fim de ano. 

Outro dado positivo para economia que acaba desagrandando os torcedores negativos foi que a balança comercial teve um superávit de US$ 9,8 bilhões em agosto. O resultado é 137,8% maior que o registrado no mesmo período em 2022. No acumulado do ano, saldo é de US$ 63,3 bilhões, 44,8% maior que 2022 e já bateu o recorde da série histórica registrado em 2022 de US$ 62,3 bilhões.

As exportações avançaram pouco em valor na comparação com 2022 (1,4%), puxadas mais por uma elevação no volume (15,8%) com uma queda nos preços internacionais (-11,6%). Já as importações caíram significativamente (-19,6%), puxadas pela redução de volume (-7,6%) e preço (-11,9%).

O saldo positivo é confirmado com uma manutenção da liderança do agronegócio exportador, que teve os principais saldos positivos no mês de agosto, com destaque para a soja novamente com crescimento de 14,8% em relação a 2022 e com expansão de 17,2% somente para a China.

É possível que o saldo da balança comercial chegue próximo de US$ 85 bilhões até o final do ano, um novo recorde e que pode representar um aumento acima de 37% na comparação com 2022, desde que a China não confirme sua desaceleração econômica, já que está aumentando suas importações do Brasil. Seria então um grande tapa na cara da oposição que aposta que no quanto pior, melhor. 

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