11 de setembro de 2023

Kremlin confirma que Kim Jong Un visitará a Rússia nos próximos dias

Autor: Cecília Marinho

O Kremlin confirmou que o líder norte-coreano Kim Jong Un visitará a Rússia “nos próximos dias”.

“A convite do presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o presidente de Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong Un, fará uma visita oficial à Rússia nos próximos dias”, disse o Kremlin em comunicado nesta segunda-feira (11).

O comunicado não especificou uma data exata para a visita.

A mídia estatal norte-coreana KCNA informou na segunda-feira que Kim “se encontrará e conversará” com Putin durante a visita.

Não foi informado quando ocorreria o encontro entre Kim e Putin.

Anteriormente, a CNN informou que Kim parecia estar em um trem com destino à Rússia, segundo um funcionário do governo sul-coreano. A fonte disse que o trem que supostamente transportava Kim partiu de Pyongyang e está a caminho de Vladivostok, na Rússia.

Putin teria chegado à cidade de Vladivostok, no leste da Rússia, nesta segunda-feira, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a TV estatal Rússia 24.

Se a visita for realizada, marcará a primeira viagem de Kim ao exterior desde a pandemia de Covid-19. Com as suas fronteiras fechadas durante grande parte dos últimos três anos, a Coreia do Norte recentemente começou a relaxar as restrições às viagens.

Seria também apenas a décima viagem de Kim desde que assumiu o poder em 2011. Todas elas ocorreram em 2018 e 2019, quando o líder norte-coreano se envolveu em negociações sobre os seus programas de armas nucleares e mísseis em três reuniões com o então presidente dos EUA, Donald Trump — uma em Singapura, um em Hanói e um na zona desmilitarizada (DMZ) que separa a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

Vladivostok fica a 130 km (80 milhas) da fronteira com a Coreia do Norte.

Diz-se que o líder da Coreia do Norte prefere viajar num comboio blindado de luxo — tal como o seu pai fazia antes dele — mas as viagens ferroviárias representam menos de metade das suas viagens ao estrangeiro. Três destas nove viagens foram feitas de avião e duas, ambas para a DMZ, de carro.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, também visitou Pyongyang em julho, numa tentativa de convencê-lo a vender munições de artilharia.

Na terça-feira passada (5), o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertou que a Coreia do Norte “pagará um preço” se fechar um acordo de armas com a Rússia, embora não tenha entrado em detalhes sobre estas potenciais repercussões.

A Coreia do Norte já está sob sanções das Nações Unidas e dos Estados Unidos impostas por conta do programa de armas de destruição em massa de Pyongyang.

A potencial reunião Putin-Kim poderá levar Pyongyang a ter em mãos o tipo de armas que as sanções impediram de ter acesso durante duas décadas, especialmente para o seu programa de mísseis balísticos com capacidade nuclear.

Também ocorre depois de mais de um ano e meio de guerra na Ucrânia ter deixado os militares russos maltratados, esgotados e necessitados de suprimentos.

Fonte: CNN Brasil 

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