12 de setembro de 2023

É #FAKE mensagem em áudio que cita Fiocruz sobre qualidade da água no Rio

Autor: Cecília Marinho

Gravação tem viralizado nas redes sociais. Fiocruz diz que não fez nenhuma análise da água. Ou seja, não tem como 'esconder informações da população', como prega autora da mensagem. Além disso, especialista aponta uma série de erros de informação.

Circula pelas redes sociais um áudio em que uma mulher que diz ser casada com um biólogo da Fiocruz fala sobre a qualidade da água no Rio de Janeiro e dá uma série de orientações. Ela afirma que a Fiocruz tem escondido informações da população e fala de perigos na água como "uma composição mais forte que um vírus colocada para matá-lo e que pode causar parada cardíaca em crianças". É #FAKE.

 — Foto:  G1

— Foto: G1

Em nota, a Fiocruz diz que até o momento não realizou qualquer análise de amostra da água. Portanto, a parte da mensagem que diz que a instituição foi "proibida de falar sobre o risco da água" não faz o menor sentido.

A mensagem tem características típicas de mensagens falsas: as pessoas que falam no áudio não se apresentam de forma que possam ser identificadas. E o conteúdo é alarmista e fortemente marcado por erros de concordância.

A presidência da Fiocruz reforça que nenhum funcionário corrobora o que foi dito no áudio e que ele não procede.

Além disso, a médica Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, diz que as afirmações contidas na mensagem são totalmente falsas.

A mensagem diz, por exemplo, que "a água de filtro não funciona e que o vírus passa". A médica refuta essa afirmação. "Que vírus? Você começa a ver que isso é tudo bobagem. Inventam, botam um vírus no meio. Que vírus? É uma coisa que não tem em lugar nenhum escrito. Não tem vírus coisa nenhuma."

Um outro trecho diz: "Tem que ferver a água. Vai escovar o dente? Escova com a água fervida. Tomar banho, põe algodão nos ouvidos". Para a médica, tudo não passa de "besteira". "Não tem cabimento. Nem quando você mergulha em água poluída você precisa botar algodão nos ouvidos."

A médica também afirma que é "muito absurdo" o alarde feito na parte em que a autora do áudio fala do risco de parada cardíaca. "Totalmente sem fundamento."

Fonte: G1 

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.