9 de outubro de 2023

Enviado ao STJ, caso Marielle passa a ter dois eixos de apuração: executores e mandantes

Autor: Cecília Marinho

PF terá uma investigação federalizada na Corte Superior e outra continua no Rio de Janeiro conduzida pela força-tarefa

 

O caso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018, foi dividido em dois eixos. Uma parte segue no Rio de Janeiro, mas outra foi enviada para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde terá uma investigação separada e federalizada.

No Rio, a força-tarefa composta por Polícia Federal e Ministério Público do Estado continua a conduzir o caso na apuração dos executores do crime.

Já no STJ, que avocou uma parte do caso, a investigação –essa apenas da PF– passa a focar nos mandantes do duplo assassinato.

“Em relação ao caso Marielle, houve uma decisão do STJ, pegando parte da investigação. A polícia judiciária do STJ é a Polícia Federal. Então essa parte está inequivocamente federalizada na medida em que o órgão que atua é a Polícia Federal. Isso não encerra as investigações no Rio de Janeiro. Agora as investigações têm dois eixos: o eixo na cadeia de execução e o outro eixo na cadeia de mandantes e autores mediatos”, detalhou à CNN o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Parte do caso foi enviado ao STJ por conta da ligação com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, conforme adiantou o analista da CNN Leandro Resende.

Brazão é ex-deputado estadual e chefe de um clã político com atuação destacada na zona oeste da capital fluminense.

A reportagem confirmou que ele foi citado na colaboração premiada do ex-PM Élcio Queiroz e em mensagens apreendidas pelos investigadores da Polícia Federal. Essa parte da delação está sob sigilo.

 

Fonte: CNN Brasil 

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