18 de março de 2024
Brasil passa de 1,8 milhão de casos de dengue nas primeiras 11 semanas de 2024 e bate recorde histórico
Autor: RedaçãoDo G1 - O Brasil passou de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (18), o país registrou 1.889.206 casos nas primeiras onze semanas deste ano, uma taxa inédita.
Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. Já o terceiro ano com maior número foi 2023 com 1.658.816.
No mesmo período do ano passado, em menos de 3 meses, o Brasil tinha 400.197 casos. Além disso, até o momento, 561 mortes foram confirmadas desde janeiro e 1.020 seguem em investigação. Em 2023, foram 257 óbitos entre as semanas 01 e 11.
Em fevereiro, a a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde é que o país registre, neste ano, 4,2 milhões de casos.
Casos de dengue - série histórica
- 2017 - 239.389
- 2018 - 262.594
- 2021 - 531.922
- 2014 - 589.107
- 2012 - 589.591
- 2011 - 739.370
- 2020 - 948.533
- 2010 - 1.011.548
- 2022 - 1.420.259
- 2013 - 1.454.871
- 2016 - 1.483.623
- 2019 - 1.545.462
- 2023 - 1.658.816
- 2015 - 1.688.688
Família espera atendimento do lado de fora de um hospital de campanha militar temporário para o tratamento de pacientes com dengue, no bairro Ceilândia, em Brasília, na sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024. — Foto: AP Photo/Eraldo Peres
O que devemos fazer?
A dengue só acontece se houver a presença do mosquito Aedes aegypti. Essa é, praticamente, a única forma de transmissão da doença que causa repercussão na sociedade. Para evitar, então, não há muito segredo: precisamos acabar com os criadouros do mosquito. E o combate depende de todos, seja a sociedade em geral, governo e profissionais de saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros). Esses criadouros permitem a proliferação da fêmea do mosquito Aedes aegypti (transmissora da dengue).
"O controle é vetorial, precisamos combater o mosquito. A população precisa ser educada, entender que a dengue é uma doença grave e devemos controlar o criadouro. Já os gestores precisam disponibilizar larvicidas, fumacê, distribuição de inseticidas", diz o infectologista Kleber Luz.
O infectologista e consultor da OMS lembra que a dengue mata pessoas absolutamente saudáveis e de qualquer idade. Por isso, ao apresentar os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, visto que a infecção pode evoluir rápido e o óbito pode vir no terceiro ou quarto dia.
Dengue: veja o que é a doença e quais são os seus sintomas — Foto: Arte g1/Dhara Assis
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