18 de março de 2024

Professores da UFRN chamam assembleia, mas descartam greve no momento

Autor: Redação

Do Saiba Mais - Os professores da UFRN, organizados pelo ADURN-Sindicato, realizam uma assembleia geral nesta terça-feira (19) para debater a campanha salarial de 2024. O sindicato critica a proposta de reajuste zero para os servidores neste ano, mas aposta na continuidade das negociações com o governo federal e, ao contrário da entidade que representa os técnico administrativos, não vê motivo para uma greve neste momento.

O ADURN-Sindicato, filiado nacionalmente ao PROIFES-Federação, participa de duas mesas: a Mesa Nacional de Negociação Permanente e  uma outra setorial, da educação. 

“A gente vai levar para a assembleia a proposta de mobilização, trazer o que a gente tem acompanhado no Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), e também no PROIFES-Federação. No nosso entendimento, enquanto diretoria, a gente ainda tá com a mesa de negociação em aberto. Já foi a sétima rodada no mês de março e tem uma previsão de uma próxima rodada na sequência, agora no mês de abril, e o governo ficou de até meados de maio apresentar uma contraproposta”, explica Oswaldo Negrão, presidente do ADURN.

A contraproposta aguardada se deve à insatisfação gerada na categoria devido a posição atual do governo de não dar nenhum reajuste salarial aos servidores neste ano. Em dezembro passado, o governo oficializou proposta de reajuste de 9% em duas parcelas, para os próximos dois anos, mas sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026. Os docentes também esperam uma recomposição nos auxílios voltados à alimentação, saúde e creche, que são exclusivos para os docentes da ativa e não contemplam os aposentados.

Desde 11 de março, o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação no Ensino Superior (Sintest), que reúne os técnico-administrativos da UFRN, deflagrou uma greve e  pede a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE, incluindo a recomposição salarial. Nacionalmente, a paralisação dos técnico-administrativos envolve trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos. Na última quinta (14), estudantes fizeram uma assembleia e aprovaram apoio à paralisação do Sintest.

Para o presidente do ADURN-Sindicato, antes de deflagrar uma possível greve, é preciso construir o movimento.

“Não tem como a gente mobilizar a base como um todo dos professores fazendo a greve já de imediato. Eu acho que a gente precisa construir primeiro um estado de mobilização para na sequência, findada a mesa de negociação, caso de fato o governo insista em não dar nenhum tipo de reajuste em 2024, a gente na sequência faz outras assembleias e vê os encaminhamentos”, aponta.

Outros pontos também estão na pauta da assembleia do sindicato dos docentes da UFRN, incluindo informes (como precatórios e eleições para diretoria do ADURN-Sindicato – Gestão 2024/2027) e apresentação das contas da Diretoria do ADURN-Sindicato, referente ao ano de 2022, segundo parecer do Conselho Fiscal.

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