20 de abril de 2024

Bolsonaristas usam a greve na UFRN contra o governo Lula porque acham que, assim como fizeram com Bolsonaro, apoio a político deve ser incondicional

Autor: Daniel Menezes

É significativo o modo como bolsonaristas utilizam a greve na UFRN para demonstrar uma suposta contradição entre apoiadores de Lula e a deflagração do ato. O problema é que, para o bolsonarista, o apoio a uma liderança política deve ser incondicional. Assim, por exemplo, agiram na interação com Jair Bolsonaro, chegando a obedecer as ordens do dito cujo para que não se vacinassem em plena pandemia. Quem pensa um apoio a alguma liderança assim, de fato, não compreenderá o que ocorre agora.

É verdade que a maioria dos professores votou em Lula. Até porque foram 4 anos de ataque, achincalhos públicos, cortes de verbas e congelamento de salários com Bolsonaro. Os docentes não fizeram greve naquele simplesmente porque tinham medo das perseguições e ameaças. Só que ninguém é subordinado de Lula ou de qualquer outro. Ora, se existir insatisfação, críticas serão feitas. É o jogo democrático. A base da incompreensão bolsonarista se aloja exatamente aí.

SEM COMPARAÇÃO

Bolsonaristas também usam a greve da UFRN para alegar que existiu uma piora no ensino superior com Lula, mas é falso. A greve é por salários congelados com Bolsonaro. Ele também cortou verbas. Já ocorreu aumento ano passado e novos já são debatidos. O fato é que não há sequer essa comparação dentro das universidades.

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