28 de maio de 2024

Petrobras sobe mais de 2% após falas de Magda Chambriard; dólar cai e fecha a R$ 5,15

Autor: Redação

Do G1 - O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em queda nesta terça-feira (28), conforme investidores repercutiam dados econômicos locais e internacionais.

O destaque do pregão ficou com os papéis da Petrobras, que subiram mais de 2% e figuraram entre as maiores altas do índice após a coletiva de imprensa da nova presidente da companhia, Magda Chambriard, na véspera.

A nova presidente assegurou que a estatal "vai dar muito lucro" e que vai atender aos interesses dos acionistas públicos e privados.

O mercado também repercute os novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. O IPCA-15 teve alta de 0,44% em maio, contra expectativas de alta de 0,49%.

O dólar fechou em baixa, em uma semana marcada pela liquidez reduzida, devido a feriados em Nova York, Londres e também no Brasil.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

 

Dólar

 

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,35%, cotado em R$ 5,1534. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

 

  • queda de 0,27% na semana;
  • perdas de 0,76% no mês;
  • ganho de 6,20% no ano.

 

Na segunda-feira, a moeda norte-americana subiu 0,08%, cotada a R$ 5,1713.

 

 

Ibovespa

 

Já o Ibovespa fechou em queda de 0,58%, aos 123.780 pontos.

As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras avançaram 2,51% e lideraram as maiores altas do índice na sessão. Já os papéis ordinários (com direito a voto) da estatal subiram 1,76%.

Com o resultado, acumulou quedas de:

 

  • 0,42% na semana;
  • 1,70% no mês;
  • 7,75% no ano.

 

Na segunda-feira, o índice encerrou com um avanço de 0,15%, aos 124.496 pontos.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

 

O que está mexendo com os mercados?

 

Em uma semana de liquidez reduzida, marcada por feriados em Nova York, Londres e no Brasil, o investidor mais uma vez coloca o futuro dos juros locais e internacionais na mira.

Por aqui, o foco ficou com o IPCA-15, divulgado hoje, e com a Pnad, prevista para quarta-feira (29). A expectativa é que os dados tragam novos indícios sobre o futuro dos juros no país — principalmente após os ruídos trazidos pela última reunião de política monetária do Banco Central (BC).

Na segunda-feira (27), o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, afirmou que as expectativas de inflação subiram em meio a ruídos recentes, mas reiterou entender que uma estabilização e posterior melhora nas projeções do mercado tendem a vir ao longo do tempo.

 

"[A expectativa de inflação] voltou a subir... A gente entende que no longo prazo isso deve se estabilizar e voltar a melhorar", disse Campos Neto em evento promovido pelo grupo Lide, em São Paulo.

 

O banqueiro central citou ruídos relacionados às contas públicas brasileiras, à credibilidade do BC e às especulações sobre o compromisso com a meta de inflação, além de citar dúvidas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve começar a reduzir os juros por lá.

 

No cenário corporativo, investidores repercutiram positivamente a primeira coletiva da nova presidente da Petrobras, realizada ontem.

 

"Nós vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer", afirmou Magda Chambriard, na sede da empresa, no Rio.

 

"Agora, agilizar isso nessa direção. A palavra-chave é conversa. Nós vamos ter que conversar muito, entender muito as demandas de cada um e colocar a Petrobras à disposição dos interesses dos seus acionistas dentro da lógica empresarial", acrescentou.

A presidente também afirmou ter certeza que a empresa dará lucros: "Se existe uma coisa que eu tenho certeza e garanto é que essa empresa vai dar muito lucro. Se tem lucros, tem dividendos. Nós queremos ter lucros".

Já no exterior, o mercado monitora a divulgação de uma série de indicadores tanto nos EUA quanto na Europa, e eventuais falas de dirigentes do Fed.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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