29 de maio de 2024

Universidades federais decidem continuar em greve após acordo do governo com sindicato

Autor: Redação

(FOLHAPRESS) - Professores de universidades e institutos federais têm decidido manter a greve por reajuste salarial, mesmo após acordo do governo Lula com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) --um dos sindicatos que representam a classe-- nesta segunda-feira (27).

Nesta terça-feira (28), todas as 63 instituições de ensino paralisadas nos últimos 55 dias realizaram assembleias para decidir se retornam às atividades.

Por enquanto, todas optaram por seguir em greve. Dentre elas, estão Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Ufba (Universidade Federal da Bahia).

Além disso, houve nova adesão ao movimento nesta tarde, a UFPI (Universidade Federal do Piauí).

A decisão dos docentes atende à expectativa do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), outra entidade com protagonismo nas negociações salarias, mas que rejeitou a proposta salarial da gestão Lula (PT).

Segundo o Andes, o acordo assinado pelo Proifes não representa as demandas dos servidores e "afronta as decisões das bases em greve", diz o presidente da entidade, Gustavo Seferian.

Os servidores pediam reajuste de 7,06% em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026. O governo negou aumento já neste ano, oferecendo 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.

Agora, a estratégia do Andes é mostrar força à Brasília a fim de forçar uma nova rodada de negociações. O grupo avalia que o percurso das negociações só fortaleceu o movimento e deixou o governo fragilizado. Após o ocorrido, Lula, dizem, não pode mais se dizer defensor da educação.

O presidente enfrentou protestos de professores e estudantes em agendas durante o fim de semana. Na quinta-feira (23), Lula afirmou que "eles [servidores] pedem quanto eles querem, a gente [governo] dá quanto a gente pode".

Para os sindicalistas, é hora de apresentar outras exigências, como a recomposição do orçamento das universidades federais, em queda nos últimos anos. A Unifesp e UFRJ, por exemplo, já anunciaram estar em calamidade financeira.

 

UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS QUE SEGUEM EM GREVE

Universidade Federal do Rio Grande

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Cariri

Universidade de Brasília

Universidade Federal de Juiz de Fora

Universidade Federal de Ouro Preto

Universidade Federal de Pelotas

Universidade Federal de Pelotas

Universidade Federal de Viçosa

Universidade Federal do Espírito Santo

Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal do Pará

Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Sul da Bahia

Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Universidade Federal de Rondônia

Universidade Federal de Minas Gerais

Universidade Federal de Minas Gerais

Universidade Federal de Roraima

Universidade Federal de São João del-Rei

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