22 de julho de 2024

Convenção do Psol em Natal é suspensa após falta de consenso sobre candidatura própria ou apoio ao PT

Autor: Redação

Pré-candidata Camila Barbosa e presidente estadual do Psol, Sandro Pimentel - Foto: Reprodução

Pré-candidata Camila Barbosa e presidente estadual do Psol, Sandro Pimentel - Foto: Reprodução

Da 98fm - A convenção do Psol que iria oficializar a candidatura de Camila Barbosa à Prefeitura do Natal, no último sábado (20), foi cancelada. Após um recurso apresentado pelo presidente estadual da sigla, Sandro Pimentel, a direção nacional decidiu que deverá ser feita uma consulta ampla aos filiados para decidir sobre os rumos do partido nas eleições de 2024 em Natal.

A decisão da direção nacional se deu após uma divisão interna no Psol. Uma ala defende a candidatura própria de Camila Barbosa e outra quer apoiar Natália Bonavides (PT). Com a falta de consenso ou maioria absoluta interna, a direção nacional decidiu mediar a decisão.

“A gente tem que ouvir os filiados. Eu defendo a ampliação do processo democrático. Eu quero que nossos filiados e filiadas em Natal falem, discutam, decidam que rumo nós devemos tomar. E esse rumo, essa decisão, eu irei obedecer felicíssimo”, defende Sandro Pimentel.

Uma resolução do Psol estabelece que, em caso de divergência sobre alianças, os filiados podem recorrer à direção nacional (nos casos de cidades com mais de 200 mil eleitores). Em cidades menores, a instância recursal é o diretório estadual.

Com a decisão do Psol Nacional, até quinta-feira (25) vai ser criada uma comissão de cinco membros, sendo três da instância nacional e dois locais, para definir como será feita a consulta aos filiados.

Em publicação nas redes sociais, Camila Barbosa chamou a decisão de “intervenção” e criticou a postura de Sandro Pimentel. “Sandro apelou para uma intervenção burocrática e inédita no Psol Natal, sufocando a democracia interna do partido em prol de suas individuais”, afirmou a pré-candidata.

Ainda segundo a pré-candidata, a decisão do Psol Nacional é “inédita, autoritária, unilateral e antidemocrática”. Ela classificou o ato como “violência política de gênero”.

Superar o boicote dos velhos coronéis da política, seja das oligarquias tradicionais ou dentro da minha própria legenda, não é fácil. Mas eu vou continuar atrapalhando os interesses de quem atua em seu próprio favor, e não para cumprir o papel fundacional e histórico do Psol”, enfatizou Camila Barbosa.

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