24 de julho de 2024

Maduro afirma, sem provas, que eleições no Brasil não são auditadas

Autor: Redação

Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro - Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro - Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Em meio a uma escalada retórica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que as eleições no Brasil são inauditáveis, adotando uma narrativa comum a setores da direita e extrema direita.

Sem apresentar nenhum prova, Maduro fez a declaração sobre o tema — largamente rebatido pelas instituições brasileiras — durante um comício entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta em Maracay, no Estado de Aragua.

Maduro criticou não apenas o processo eleitoral no Brasil, mas também os dos EUA e da Colômbia, países amplamente considerados democráticos. O presidente também disse aos seus apoiadores que a Venezuela — onde a oposição denuncia uma série de repressões, incluindo prisões e inabilitações de candidaturas — tem “o melhor sistema eleitoral do mundo”.

“São três da manhã, mas antes temos que esclarecer à extrema direita que respeitem o processo eleitoral, que nós vamos ganhar outra vez e que na Venezuela vai haver democracia, liberdade e paz. Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Tem 16 auditorias. Eles fazem uma auditoria, como vocês sabem, em 54% das mesas. Em que outra parte do mundo se faz isso? Nos EUA? É inauditável o sistema eleitoral. No Brasil? Não auditam nenhum registro. Na Colômbia, não auditam nenhuma ata. Na Venezuela, auditamos no momento, na mesa”, disse Maduro.

A fala de Maduro é o mais novo desdobramento de uma série de declarações, desde que o presidente venezuelano advertiu, também em um comício, que o país estava diante do risco de um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não fosse reeleito.

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