Carlos Eduardo acabou para a política?

Autor: Redação

É sempre muito complicado decretar a morte política de um agente público, mas essas análises circularam nos últimos dias após o ex-prefeito ficar em terceiro lugar no primeiro turno na disputa pela capital do RN.

Ora, Carlos Eduardo ainda tem um ativo importante, que é voto e serviços prestados à cidade. Por isso, é bastante precoce falar em óbito de CE.

Suas duas últimas atuações foram prejudicadas pelos próprios contextos das disputas. No combate pelo senado em 2022, concorreu contra toda a estrutura do governo federal e com Rogério Marinho, promovendo uma das campanhas mais estruturadas para o senado da história do RN, com todo o azeite do orçamento secreto e do ministério da integração nacional, um saco sem fundo de verbas pouco fiscalizadas. Dizer que aquela disputa foi minimamente justa é não entender de eleição. Isto sem ingressar no boicote interno no grupo operado por Rafael Motta. Marinho era tão ruim de voto que, não fosse a divisão no campo da esquerda, mesmo com toda aquela dinheirama, provavelmente ainda teria perdido.

Agora, em 2024, ficou imprensado no combate entre o PT e principalmente o bolsonarismo, com o uso escancarado da máquina pública municipal e de toda a câmara municipal do Natal em favor de Paulinho Freire. São combates em que um parte com uma ferrari numa corrida contra um fusquinha e depois se vangloria da vitória.

Penso que Carlos Eduardo terá de repensar o modo como faz política e produz alianças. Só que ainda há sim espaço para ele na política do RN. 

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