13 de novembro de 2024

Membro da família Montenegro teria aplicado golpe milionário em Parnamirim; já há dezenas de vítimas

Autor: Redação

Pedro Paulo Galisa Montenegro, membro da família Montenegro que empresta o nome para algumas das principais avenidas de Parnamirim, é acusado de aplicar golpes em dezenas de pessoas na cidade. Como responsável pela venda dos terrenos da família, que ainda é dona de grandes áreas na região de Nova Parnamirim/Coophab, Pedro vendeu, conforme as vítimas, os mesmos lotes do Condomínio Ampliare na Coophab mais de uma vez. Sua avó que o criou como filho, a Sra Iolanda Montenegro, teve direito a lotes, além de pagamento em dinheiro, quando negociou a área de sua propriedade hoje espaço do condomínio.

Segundo as pessoas lesadas, o suspeito Pedro Montenegro - em conjunto com outros cidadãos - celebrou os contratos de comercialização dos lotes que já tinham sido vendidos. Iolanda Galisa Montenegro e os diretores das empresas incorporadoras Vertical/Morada, responsáveis pelo condomínio ampliare, alegam que suas assinaturas foram falsificadas e não reconhecem as transações.

Foram abertos boletins de ocorrência e notícias crimes. Além disso, correm 12 processos na justiça comum do Rio Grande do Norte. Eles são públicos e ainda se encontram na primeira instância, em fase inicial de instrução, apesar dos golpes terem ocorrido entre os anos de 2020 e 2021.

0854922-55.2023.8.20.5001

0863056-08.2022.8.20.5001

0861880-91.2022.8.20.5001

0861878-24.2022.8.20.5001

0856088-59.2022.8.20.5001

0810420-65.2022.8.20.5001

0805140-16.2022.8.20.5001

0803791-75.2022.8.20.5001

0816344-13.2021.8.20.5124

0815251-15.2021.8.20.5124

0815130-84.2021.8.20.5124

0809665-94.2021.8.20.5124

Estes foram os que quiseram judicializar a situação, contestando a participação de Pedro Montengro, Yolanda Montenegro, as incorporadoras e do 4 Ofício de Notas de Natal, já que todos os contratos tiveram firmas reconhecidas no cartório citado. O golpe foi aplicado com todos os lesados pagando integralmente os terrenos justamente porque as vítimas confiaram no reconhecimento de firma dos diretores das incorporadas e da proprietária dos lotes. O prejuízo atinge fácil dois milhões de reais.

Mas há mais vítimas, já que algumas pessoas não quiseram partir para a justiça e apenas fizeram boletins de ocorrência e abriram inquéritos policiais - Inquerito 013.06/2021 e boletins de ocorrência de números - 74407/2021,74186/2021, 74356/2021, 61268/2021. O ministério público do consumidor situado em Parnamirim também foi procurado, mas se manteve inerte para a solução do problema, alegam alguns dos que foram lesados em conversa com o blog.

Uma notícia crime foi impetrada pelos próprios diretores da Vertical e da Morada junto a DEICOR da Polícia Civil/RN no dia 19 de Maio de 2021, avisando que estavam tendo suas assinaturas no que concerne a anuência das transações comerciais falsificadas. Em que pese o reconhecimento de firma em cartório, assim classifica a autoridade policial a situação no termo de qualificação de declaração: “a falsificação citada é facilmente observada por simples comparação entre as assinaturas nos contratos fraudulentos e as identidades deles”. Ainda de acordo com a notícia crime, são arrolados como “prováveis sujeitos ativos nos delitos: Pedro Paulo Galisa Montenegro, neto da Sra Iolanda Montenegro; Maurício Nunes – corretor que intermediava as negociações; Fábio Antônio da Silva, que vendia os lotes junto com Pedro Montenegro e que é padrinho da filha de Pedro Montenegro”.

Cobrado a respeito das certidões e contratos pelo whatsapp em conversas que estão anexadas ao inquérito citado, Maurício Nunes diz que as firmas “serão reconhecidas no 4 ofício…” “No cidade jardim”. Em alguns processos e no inquérito policial já constam laudos grafotécnicos dando conta de que as assinaturas dos diretores das empresas citadas e da proprietária Iolanda Montenegro foram de fato falsificadas.

Há outros corretores também arrolados nos processos como testemunhas ou como citados. Eles alegam que Pedro Montenegro conseguiu enganá-los porque era reconhecido no mercado como quem comercializava os terrenos da família Montenegro.

Chamado a prestar depoimento, o suspeito Pedro Montenegro foi até a delegacia com seu advogado e permaneceu em silêncio diante das perguntas feitas pela autoridade policial. Ele reside em Natal. O 4 ofício de Natal nega qualquer participação, alegou aos prejudicados que faz o reconhecimento de firma por análise de similaridade e se manifestou nos processos em que foi arrolado, pedindo a sua retirada dos mesmos.

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