4 de dezembro de 2024
“UPAs estão superlotadas, funcionários sobrecarregados”, diz vereador de Natal; situação no Walfredo é reflexo da falta de estrutura nos municípios
Autor: RedaçãoDo Agora RN - O vereador Preto Aquino (Podemos) alertou nesta terça-feira 3 sobre a situação crítica das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Natal, destacando a superlotação e a sobrecarga de trabalho dos funcionários. Segundo ele, o problema de saúde pública não se limita ao Hospital Walfredo Gurgel, referência no atendimento a urgência e emergência no Rio Grande do Norte e que enfrenta uma crise causada pela superlotação, mas atinge todo o sistema de saúde da cidade.
“Se não bastasse a situação no Walfredo, as quatro UPAs da cidade estão superlotadas, com pacientes de diversas condições misturados nos corredores, o que gera um caos ainda maior no atendimento. Os funcionários estão sobrecarregados, e os pacientes psiquiátricos estão sendo atendidos ao lado de pacientes cardíacos e outros casos, o que é muito complicado para todos”, afirmou.
Preto fez um paralelo entre o Walfredo Gurgel e as quatro UPAs, apontando que a superlotação do hospital do Governo do Estado é reflexo da falta de estrutura nos municípios para atender seus pacientes. Ele enfatizou que muitos pacientes que chegam ao Walfredo poderiam ser atendidos em suas cidades de origem, o que ajudaria a reduzir a pressão sobre a unidade de saúde.
“O caos chega no hospital de referência maior do Estado, que tem profissionais qualificados, mas que está superlotado. A grande questão é: por que os municípios não estão resolvendo esses casos? A falta de competência dos municípios acaba sobrecarregando o sistema de saúde estadual”, explicou.
O vereador ressaltou a discrepância entre os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os números de cartões de saúde, que indicam uma população muito maior do que a registrada oficialmente, o que agrava ainda mais a situação da saúde pública.
“A população de Natal é estimada em pouco mais de 700 mil habitantes, mas o número de cartões de saúde chega a 1,4 milhão. Isso não faz sentido. Temos que discutir soluções para a saúde pública, e essas melhorias precisam ser implementadas com urgência”, afirmou.
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