O lucro no lugar da gestão da coisa pública: veja como Paulinho Freire entrega os postos chaves de sua gestão aos grupos econômicos dominantes de Natal

Autor: Daniel Menezes

Caro leitor, olhe o mapa dos cargos, ocupação das secretarias e políticas anunciadas pela prefeitura. Paulinho Freire alojou os principais grupos econômicos da cidade em postos chaves de sua gestão:

Cooperativas médicas/Sinmed indicaram a secretária de saúde;

Sindicato da Construção manda no meio ambiente e foi ator central na elaboração/gestão do novo código de obras/plano diretor;

Empresas de ônibus tem força hegemônica na secretaria de transporte e trânsito urbano, recebendo inúmeros benefícios sem contrapartida;

A federação do comércio recebeu equipamentos públicos totalmente reformados com dinheiro público, sem nenhuma responsabilidade contratual e faz dobradinha em eventos de rua na cidade e assim segue;

Agora, até os empresários do carnatal/entretenimento controlam pasta a funcarte/cultura, com direito a nomeação direta da secretária das pastas.

Tudo afirmado acima veio à tona de um maneira tímida na imprensa local. E há mais - pasta do turismo, cessão de equipamentos públicos de forma materna a setores econômicos, política de comunicação entregue a mídia hegemônica etc.

Empresários são atores políticos legítimos e devem lutar pela defesa de seus pontos de vista. Não há nenhum problema nisso. Só que, no modo como a Prefeitura do Natal se comporta, ela abre mão de ser ente regulador representante de uma sociedade que é plural e entrega a administração da vida na cidade a quem tem interesses particularistas. A gestão da coisa pública é resumida ao lucro de uma minoria dominante.

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