6 de fevereiro de 2025
A engorda de Ponta Negra já cumpriu o seu papel, que foi trocar o cartão postal da cidade pela eleição de Paulinho Freire, e a conta foi deixada para você
Autor: Daniel Menezes
Sejamos sinceros, a engorda de ponta negra, no modo como foi feita e pelo objetivo que a motivou de fato, já cumpriu o seu papel. Toda aquela falsa polêmica fabricada só teve um objetivo - adular o antipetismo diante de um tema que era eminentemente técnico durante o período eleitoral. E aí, de um lado, estava quem queria a obra para gerar emprego e renda. Do outro, as chamadas "forças do mal". Em resumo, Álvaro Dias com o seu candidato como arautos do desenvolvimento. Do outro, o PT do governo estadual na skin do IDEMA com a postulante NAtália Bonavides como representantes do atraso.
Álvaro Dias, mais uma vez, não pensou duas vezes em jogar dinheiro público pelo ralo para manter o controle da prefeitura. Cabe lembrar que, em sua reeleição, ele já havia feito exatamente a mesma incursão - de um lado, quem queria a cura com a distribuição de ivermectina. Do outro, quem ele acusava de politizar a pandemia. Nas duas situações ficou escancarado quem é que estava politizando tudo com consequências objetivas. Em 2020, gerou um aumento de letalidade e mortes em Natal em relação ao RN e ao Brasil. Em 2024, rebolar o cartão postal da cidade no mato.
A estratégia era simples - jogar com o antipetismo bastante forte na classe média natalense e, entre os pobres, obter maioria eleitoral através do uso da máquina como ficou evidenciado com a denúncia do ministério público em que pediu a cassação e inelegibilidade de Álvaro Dias, Paulinho Freire, Joana Guerra e outros. E deu certo. Paulinho Freire ganhou a eleição, aparecendo muito pouco - aliás, como também fez na transição de governo e no início de sua gestão -, e abusando das fake news, de falsas polarizações e da utilização da máquina pública. Toda eleição foi pautada em cima de uma obra feita, na verdade, com recursos federais enviados por Lula e no ataque a um projeto de lei alicerçado em mentiras.
Só que Álvaro não fez o que fez sozinho. Ele obteve o apoio direto da imprensa de Natal cevada com recursos da verba de publicidade da prefeitura que hoje é do tamanho da que é usada pelo governo do RN para todo o estado; das elites e fornecedores da capital; e do judiciário completamente irresponsável a agindo na base da canetada e ao arrepio de qualquer base técnica.
A conta está aí. E, mais uma vez, o natalense que irá arcar com ela. E Álvaro e seu candidato Paulinho Freire? Ora, agora estão bem distantes daqui, tomando uísques caros e se divertindo na sempre sortida noite de Brasília. Mas pode ter certeza - em 2026 e 2028 eles retornam.
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