Direito de pergunta: Sinmed/RN e cooperativas médicas estão endurecendo com o Governo do RN e aliviando, após parceria eleitoral e administrativa, com a prefeitura do Natal?

Autor: Daniel Menezes

Um tema vem sendo objeto de muita especulação nos bastidores da política e do mercado do RN. Isto porque o sindicato dos médicos do RN e as cooperativas médicas estão adotando duas posturas - cobrança pública e piquetes contra o governo do RN e negociação silenciosa com a prefeitura do Natal. Às vezes, estando diante de dívidas com tempos de inadimplência semelhantes.

Não é segredo para ninguém que acompanha o jogo no poder no RN que as cooperativas médicas, em conjunto com o sindicato da construção civil e outros grupos empresariais, dão a linha da economia e da política do Estado. E é sabido também que o sindicato dos médicos e as cooperativas médicas apoiaram a candidatura de Paulinho Freire e eram aliados do ex-prefeito Álvaro Dias. O Sindmed/RN inclusive indicou a secretária de saúde para a prefeitura do Natal. Sintomaticamente ela foi exonerada por não prestar, segundo imprensa próxima a Paulinho Freire, tratamento esperado aos fornecedores da área.

Por outro lado, Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed, já fez reclamações públicas contra o governo do RN por este contratar cooperativas médicas de outros estados para alguns serviços por aqui simplesmente por elas cobrarem em processo concorrencial preços mais atrativos.

Para terminar de completar as suspeitas que incidem sobre as associações médicas, hoje (7) o diário oficial de Natal traz o reconhecimento de 32 dívidas de serviços médicos da prefeitura com cooperativas e fornecedores da área tratada, algumas das quais vêm desde o ano passado.

Assim como o protesto, o silêncio, caro leitor, às vezes também é um fato político. E há fortes suspeitas de que há um projeto de poder alojado nos setores médicos - eles ganharam a prefeitura do Natal e agora querem o governo do RN.

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