12 de fevereiro de 2025
A pressão da extrema direita faz o SINTE agir contra o governo que lhe deu tudo e afinar com as gestões que tratam os professores com congelamento salarial e judiciário
Autor: Daniel Menezes
A extrema direita do RN vai para cima do Sindicato dos Professores toda vez que há uma negociação entre o sindicato e o governo do RN. A (falsa) alegação é que o Sinte, por ser mais próximo da esquerda, pegaria leve com Fátima Bezerra.
Ora, na prática, a extrema direita faz exatamente o que quer que o SINTE faça. O Sinte ameaça com greves o governo que deu aos professores todos os aumentos do piso do magistério a todas as faixas salariais da docência e para ativos e inativos, enquanto o mesmo Sinte nada faz contra as prefeituras do Natal, Mossoró e Parnamirim que já abandonaram esta regra de revisão salarial há anos.
Por exemplo, agora, num cenário bizarro, o Sinte recheia a imprensa do RN com ameaças de paralisação e matérias contra Fátima, que alega impedimento judicial para estabelecer o aumento dos professores como vinha sendo dado nos últimos anos. E diz negociar (alegremente?) com a prefeitura do Natal.
Isto porque, o Ministério Público contesta a elevação salarial concedida pelo governo do RN aos professores em 2023. É que, pela regra federal, o piso do magistério somente deve ser concedido a quem ganha abaixo dele e no âmbito dos professores ativos. O aumento não se estenderia aos professores que já ganham acima do piso ou são inativos. Estes recursos vêm do caixa próprio do governo estadual. É a regra que o MP alega que se choca com a lei federal.
Só que as prefeituras de Natal e da Grande Natal sempre seguiram a regra federal, a que é pior para os professores e o sindicato dos mesmos no RN é mais duro com quem lhe entregou mais e alisa os que nunca deram nada além do que é determinado por lei federal.
Trata-se de uma inversão de valores em parte conseguida por jornalistas, políticos e formadores de opinião da extrema direita potiguar.
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