15 de fevereiro de 2025

Governo do RN precisa privilegiar outros partidos de sua base aliada na reforma do secretariado que acontece

Autor: Daniel Menezes

As expectativas são grandes em torno dos processos deflagrados de mudança do secretariado de Fátima Bezerra. A governadora não chegou aonde chegou porque foi ingênua. Obviamente, é uma pessoa habilidosa e saberá distribuir poder para tornar sua coalização mais competitiva para 2026.

O aspecto que levanto é que a ansiedade é enorme e, nesse primeiro momento, Fátima nomeou nomes importantes de duas políticas experientes - Julia Arruda para a secretaria das mulheres, cargo que ela já exerceu; e a ex-prefeita de Jandaíra, que saiu com aprovação recorde de cerca de 90% e fazendo sucessor, para o turismo. Só que as duas mais próximas de próprio PT.

Este perfil de secretário(a) agrada a este blogueiro que torce o nariz para qualquer ideia de um chefe de pasta eminentemente técnico. Ora, técnico mesmo tem que ser o secretário adjunto e/ou o corpo de profissionais da secretaria. O secretário tem de apresentar capacidade de liderança e junção de forças em prol da realização do projeto político. Tem de saber carrear as forças da sociedade para a geração de consensos. E não há curso em faculdade para isto. Tal habilidade se aprende fazendo política.

Mas o governo precisa agora divulgar nomes de secretários que venham de outros partidos da base, para que, com isto, a coalizão ganhe pujança e o governo não passe aperto nos anos de 2025 e 2026 na assembleia. Fazendo tal movimentação, que acredito que ocorrerá, a própria pecha do PT como um partido hegemonista tenderá a perder força dentro da classe política do RN.

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