22 de fevereiro de 2025

Conversas do ministério de Bolsonaro revelam operação para atrapalhar eleitores de Lula; Eleição em Natal também enfrentou situação parecida em 2024

Autor: Daniel Menezes

Do Metrópoles

Denunciada por organizar diversas blitze país afora e impedir que eleitores do então candidato à presidência Lula da Silva chegassem às seções de votação, a delegada Marília Ferreira Alencar, da Polícia Federal (PF), teve as conversas investigadas. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal agiu em uma organização criminosa para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Antes de alçar à alta cúpula da SSP no DF, Marília era diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres e, em 2022, foi uma das responsáveis por articular a organização de blitze pelo país para evitar que eleitores do então candidato Lula da Silva (PT) conseguissem votar no segundo turno. As informações constam em denúncia da PGR apresentada nesta semana.

As conversas capturadas de mensagens de whatsapp constam na denúncia e apontaram para uma intensa coordenação de estratégias para interferência no segundo turno das eleições presidenciais, que ocorreram em 30 de outubro de 2022.

O QUE OCORREU EM NATAL EM 2024

Do Blog: Cabe lembrar que ocorreu uma grande operação no dia da eleição no pleito em Natal de 2024. Vários carros fazendo transporte irregular de eleitores foram apreendidos pela justiça eleitoral. E sabe-se bem que, no ato do transporte, não é só conversa que é trocada entre os cabos eleitorais e eleitores. 

Do blog 2: além disso, como este blog revelou com exclusividade, os advogados de Natália Bonavides pressionaram os empresários de ônibus de Natal, após eleitores de bairros em que Natália estava bem posicionada reclamarem da falta de transporte público. A briga ocorreu já perto do fim da manhã. A falta de ônibus pela manhã virou objeto, inclusive, de matérias no Saiba Mais e Novo Notícias.

Do blog 3: além de todo o uso escancarado de toda a máquina municipal, conforme o ministério público demonstrou com o uso massivo de documentos, anotações apreendidas em secretarias da prefeitura e no partido do então prefeito Álvaro Dias, que virou gabinete paralelo da prefeitura, e outras provas; a operação no dia do pleito contribuiu para o aumento da votação de Paulinho Freire na abertura das urnas.

Do blog 4: a elasticidade da votação no primeiro e segundo turno de Paulinho Freire vieram de tal conjuntura. Atuaram sobre as bases de Carlos Eduardo no primeiro turno e de Natália no segundo a partir de tais subterfúgios.

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